Casamento? Corre peão, com Daniel!

Tímido, o cantor fica ruborizado ao falar sobre namoradas, mas não esconde que é conquistador. E revela que ainda não se sente pronto para entrar no laço!

Daniel tem 40 anos e, segundo ele, passou os últimos 20 namorando. Mesmo assim, afirma que não está pronto para casar."Não sei o que falta, mas ainda não me sinto à vontade", disse o cantor que há seis anos namora a bailarina Aline de Pádua, 27. Tímido, ele fica ruborizado ao falar sobre casamento e sobre as garotas que povoaram sua adolescência. Durante entrevista concedida a Contigo!, revelou que sonha com um filho e se animou todo quando falou dos shows e dos musicais que gosta de ver: ''Eu ouço de tudo um pouco. Fui ver o show da Celine Dion, em Las Vegas (EUA), e adorei. Queria ter visto o Elton John em São Paulo, mas não deu porque estava trabalhando. Também fui ver O Fantasma da Ópera, A Bela e a Fera... Só faltou Miss Saigon''. Mesmo com apartamento montado em São Paulo há dez anos, ele não abandona sua terra natal, Brotas, onde continua morando. Na cidade paulista, um importante destino ecoturístico do estado, o músico tem o privilégio de contar com o carinho da mãe, Maria Aparecida Cantador Camilo, 69, e da tia, Regina Cantador, 54, que não deixam faltar seus pratos favoritos: feijão, bolo de chocolate e torta de maçã.

Antes das gravações de O Menino da Porteira você emagreceu 6 quilos em 20 dias. Foi exigência de Jeremias Moreira Filho, o diretor do filme?

Eles queriam que eu ficasse mais magro, então contrataram uma nutricionista e acabei emagrecendo mais do que devia. Foi bom, porque estava acima do peso.

Qual foi sua maior dificuldade nesse trabalho?

A coisa dramática foi difícil para mim. Talvez por eu ser muito alegre e brincalhão. Como não tenho a habilidade de estar realmente na situação, tive muita dificuldade na cena da morte do menino.

José Camilo, seu pai, também participou. Como foi?

Ficou fascinado. Meu pai gosta de um agrado. Quando fizemos o convite, ele disse: ''Deixa pra lá''. Só aceitou depois que insistimos. Mas eu percebo que ele é muito interessado e que fica realizado com meu trabalho.

Você vai muito ao cinema? E, quando vai, usa disfarce?

Vou muito. Eu curto muito cinema. E eu vou sem disfarce mesmo (risos). As pessoas respeitam bastante.

Que filmes você viu recentemente e gostou?

O Curioso Caso de Benjamin Button, com Brad Pitt. Achei muito bom. Fui ver nessa sala que tem em São Paulo, no (Shopping) Cidade Jardim, porque ouvi que as pessoas pagam mais caro por causa da poltrona mais confortável. E o filme me tomou a atenção. De repente, olhei para trás e vi boa parte das pessoas dormindo. Achei engraçado, porque a poltrona é confortável mesmo. Mas não dormi.

Como é sua rotina diária?

Gosto de acordar cedo. Se pudesse acordaria às 6h todos os dias. Quando estou em turnê faço o show, volto para o hotel, tomo banho, deito e durmo. Quando estou na minha terra, acordo cedo pra aproveitar o dia. Minha mãe até reclama que quando vou para lá eu não paro em casa. Vou ao escritório do meu pai, que tem uma empresa de transporte, e fico lá fazendo duas coisas ao mesmo tempo. Quero fazer tudo que não dá tempo de fazer quando não estou lá. Já armo meu joguinho de futebol, sempre no finalzinho de tarde, e, às vezes, pego a minha moto e vou para a fazenda.

Você se arrependeu de posar de cueca para uma campanha publicitária, em 2000. Por quê?

Pelo modo como isso foi interpretado. Escutei muita coisa. Não faria mais.

Como foi o Daniel adolescente? Tímido ou o bonitão que pegava geral?

Eu fui muito tímido, mas sempre foi fácil conquistar uma menina. Sempre fui conquistador, mas nunca como os meninos da minha época, que chegavam arrasando. Eu era mais devagar, aquela coisa de ir conquistando aos poucos, ir conhecendo.

Você levava as namoradinhas ao cinema em Brotas?

Mais ou menos por aí (risos). Tanto que fui um dos últimos a começar a namorar da minha turma. A galera já namorava e eu comecei com 16 anos. Na minha turma tinha uns garotos que, com 12, 13 anos, já dava beijo na boca. Meu primeiro beijo foi com 16 anos. Para a minha época, e entre os meus amigos, eu considero uma coisa mais demorada. E sempre tive relacionamentos longos. Meu primeiro namoro durou um ano e meio. Sempre tive alguém especial ao meu lado. Fiquei 12 anos com a minha quarta namorada.

Ela não quis casar?

Existia aquela questão de querer casar, mas não tinha cobrança. Era uma coisa muito à vontade. Não deu certo e aí começou o meu relacionamento com Aline. Já estamos juntos há seis anos e já existe uma cobrança, o que não é fácil (risos). Fora isso, tive apenas uma desilusão, com 16 ou 17 anos. Eu tinha uma paixão e, quando estava criando coragem de me aproximar, ela começou a namorar um cara.

E ela sabe disso?

Sabe. E já sabia na época. Eu tinha até marcado dia e hora pra falar com ela, comprei um presentinho e fui ao encontro. Quando a gente estava conversando ela foi sincera e disse que estava de paquerinha com outro cara. Foi a maior desilusão da minha vida.

Você é muito romântico?

Sempre fui de mandar flores, de fazer serenata, de cantar no telefone, de escrever recados no espelho, de deixar bilhetinhos românticos... E a timidez também esteve presente. Até hoje é difícil! Em alguns momentos fico tímido e as pessoas não acreditam.

O que falta para você casar?

Não sei (risos)! Ainda não me vejo como um homem casado. Um grande sonho que eu tenho é ter filhos dentro de um casamento.

Você acha o casamento importante?

Sim! Não a cerimônia em si, mas a oficialização de estar casado com alguém e viver junto. Não seria legal ter um filho fora do casamento.

Como é sua relação com a Aline? Vocês moram juntos?

Não. Ela tem a casa dela, com a família dela, em Jundiaí. Quando estou em São Paulo, ela consegue se adequar e ficamos juntos. Também costumamos ficar juntos em Brotas e só de vez em quando ela me acompanha em viagens profissionais.

Ela é ciumenta?

Tem um ciúme controlado. O importante é que ela é muito atenciosa com as fãs. Sabe separar as coisas, sabe se colocar no lugar dela. Sempre reparei na postura das mulheres, e a dela é assim. Talvez por isso eu esteja com ela até hoje.

Foi o que fez você se apaixonar por ela?

Foi o jeitinho dela, a forma de ser. Isso me ligou. O que eu faço é muito difícil. Se a pessoa não souber entender, fica complicado.

O que uma mulher tem de fazer para te agradar?

Tem de ser sincera e me tratar como alguém normal, porque já aconteceu de eu perceber que a pessoa me trata diferente por causa da carreira.

fonte: revista Contigo!